Belo Horizonte, 2011
No mundo inteiro as nações se organizam para se defender. Cada uma se posiciona em seu território, guardas sobre os muros (Is. 62,6), cuidando do que receberam do SENHOR. Como Neemias, a ferramenta em uma mão e espada na outra. É assim que funciona.
Na Defesa Civil existe o sistema de alarme que é disparado quando há perigo de tragédias. Uma comunidade organizada, preparada, treinada e alerta terá menor dano do que outra que está desatenta (Japão x Haiti; Cinco noivas prudentes x néscias).
O massacre na escola em Realengo no Rio de Janeiro fez disparar o alarme (na polícia se chama “condição vermelha”). Não é hora de brincar, nem de distração. É preciso reconhecer o padrão de ataque e reagir para impedir.
Há alguns anos em Belo Horizonte, um bebê foi jogado dentro da lagoa da Pampulha. O fato teve muita repercussão. Aqueles que prestaram atenção certamente notaram que foram disparados vários casos iguais. Por volta da mesma época, um rapaz matou a namorada em uma faculdade na região noroeste e depois se matou. Este fato também disparou vários outros.
Como policial por 30 anos, observei, diversas vezes, esse padrão que pode ter várias explicações. Como cristãos não podemos negar a realidade do Evangelho de João 10,10.
Na revista Veja desta semana, Teixeira (2011, p.96) relata de modo detalhado o padrão de ataques a escolas que inclui: utilização compulsiva de internet, uso de roupas pretas ou camufladas, plano minucioso de ataque, admiração por atentados terroristas e intenção suicida. Com o título de INSPIRAÇÃO MACABRA, a jornalista relata:
“Nos últimos 100 anos, foram registrados cerca de 400 massacres em escolas em todo o mundo, a maioria nos Estados Unidos. Desde 1999, esse tipo de crime se tornou mais comum, com os assassinos assumindo padrões de comportamento semelhantes entre si, inspirados na matança da escola secundária Columbine, no Colorado”.
O evento Columbine teve tão grande repercussão que gerou um padrão. Um grupo de jovens presos em 2001 nos Estados Unidos havia prometido fazer algo “maior que Columbine”. Além da massiva divulgação na televisão (socialização da prática e ampliação do medo) foram lançados filmes inspirados em Columbine e até um jogo de computador.
Não há dúvidas de que o nosso adversário trabalha com oportunidades (“Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar”; 1 Pedro 5:8 ), por isso é necessário ser SÓBRIO E VIGILANTE.
Nós, a Igreja, somos os guardas da cidade, seus sentinelas. É nosso dever zelar por ela. Por isso o SENHOR nos deu autoridade para PROIBIR e permitir (Mateus 16,19), destruir fortalezas e conselhos que se levantem contra o conhecimento de DEUS (2 Co 10,5).
Por favor:
1. Dirija sua Igreja em oração e jejum imediatamente após receber essa comunicação;
2. Instrua crianças e jovens. Envolva-os no jejum e oração dando tratamento especial;
3. Vamos orar anulando o padrão de ataque, destruindo em oração a fortaleza e todo o conselho que se levanta nesse momento contra a vontade de DEUS;
4. Instrua os pais a cuidar, pastorear os filhos (o que está lendo, assistindo, ouvindo, pesquisando na internet). É hora de levar cativo todo o pensamento a obediência de Cristo (colocar seus filhos, sua família, sua rua, seu bairro, sua cidade, estado e nação debaixo da autoridade do SENHOR JESUS). (2 Co 10,5);
5. Vamos orar pelos nossos irmãos do Realengo, pedindo ao SENHOR que cuide deles, sare todo trauma, ordenando sobre eles em oração (mesmo longes) uma coroa ao invés de cinza, óleo de alegria ao invés de pranto e veste de louvor ao invés de espírito angustiado (Is 61).
CÍCERO NUNES MOREIRA,
CEL PM QOR