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 Nesta sexta-feira,14, o Corpo de Bombeiros comemora 20 anos de muitas vidas salvas. Por isso, o Bombeiros tem como lema a frase “Vidas alheias e riquezas salvar”. Na verdade esse objetivo resume a real existência da Corporação em todo o Brasil e até em outros países, norteando todas as atividades da Instituição.
 
A rotina de um bombeiro não é nada previsível. Quando tudo parece “tranquilo” é quando, também, tudo pode acontecer, desde um simples chamado para resgate de um animal inofensivo ao atendimento dos mais terríveis acidentes, envolvendo as mais diversas modalidades: resgate em água ou altura, buscas, incêndios.
 
Para atender a tantos imprevistos, além do domínio de técnicas e excelentes condições físicas, o bombeiro tem que estar preparado emocionalmente. E por mais que se prepare emocionalmente, nenhuma técnica é infalível o bastante para combater as emoções de cada ocorrência.
 
“As vezes a gente se emociona, às vezes se sente impotente por achar que poderia fazer melhor, mas, às vezes, por falta de condições ou de outros fatores, até mesmos provocados pela própria natureza, nem sempre conseguimos”, desabafa o tenente coronel Dodsley Yuri Tenório Vargas, primeiro bombeiro do Tocantins. Ele compara a alegria de um atendimento de sucesso com a emoção de ganhar um troféu. “Quando não conseguimos, nos sentimos decepcionados”, revela.
 
Com cerca de 20 anos nos Bombeiros, Yuri tem experiências e relatos que valem vidas. Ele conta que algumas imagens nunca saíram da sua cabeça. As mais marcantes são os olhares de tristezas e os de agradecimentos. O bombeiro ainda lembra da sua primeira ocorrência, realizada em Palmas, que ao contrário da maioria, foi até divertida. "Depois de muitos improvisos e esforços para salvar uma vaca que havia caído em uma fossa, a equipe teve que provar sua agilidade. Ao final, a vaca saiu correndo atrás da gente”, relembra.
 
Mas nem sempre é assim. A verdade é que algumas das ocorrências trazem lembranças tristes. E são essas lembranças que ainda hoje permeiam o pensamento dos bombeiros que prestaram socorro ao primeiro incêndio de Palmas, ocorrido em 1995, na Vila União. “Não tínhamos veículos nem equipamentos adequados para combater incêndio, mas não poderíamos deixar de atender a demanda. Com o reforço da Polícia Militar, seguimos para o lugar”, disse major Abreu, um dos integrantes da operação.
 
Ao chegarem no local, as dimensões do incêndio já era alarmantes. Segundo Abreu, como a maioria das casas eram construídas à base de maderite e lona de plástico, o fogo se propagou com grande rapidez. “Nossa missão maior foi fazer com que as pessoas saíssem das residências”, destaca. Além de derrubar barracões próximos aos incêndios, a fim de tentar controlar o fogo, outra atitude foi a retirada dos bujões de gás. “Como não tínhamos roupas adequadas, mergulhávamos em galões grandes contendo água, antes de entrar nas áreas em chamas. Mesmo assim, ainda saí com o cabelo e algumas partes do corpo queimadas”, relembra.
 
Apesar da operação não resultar em mortes, major Abreu não guarda boas lembranças desse dia. “O que conseguimos resgatar foi muito pouco para aquelas famílias que já não tinham quase nada, me senti frustrado”, revela.
 
Sacrifícios como os de Abreu são recompensados de duas formas: pela satisfação do dever cumprido ou pela gratidão das pessoas socorridas. E é esse sentimento de gratidão que ele guarda como lembrança positiva. Foi após resgatar um rapaz que se encontrava preso a uma rocha, em um dos paredões da serra do Lajeado. “Ele já havia passado a noite naquele lugar. Nunca esqueço a alegria daquele homem ao ser resgatado. Esse tipo de imagem nos motiva, nos fortalece”, comenta.
O sentimento de gratidão também se mantém aceso entre o sargento Mauro e a família de uma criança por ele resgatada. O fato que gerou a aproximação entre eles não foi dos melhores. Mas foi o que salvou a vida da recém-nascida, que havia sido jogada pela mãe, após o nascimento, em uma cisterna de aproximadamente 15 metros de profundidade. Um dos tios da criança, que não quis se identificar para resguardar a privacidade da criança e da família, revela com orgulho: “eu e minha família reconhecemos que devemos a vida da nossa sobrinha ao sargento Mauro. Foi ele quem devolveu a vida a ela”, depõe agradecido.
 
José Senna, coronel e médico da Polícia Militar, também tem motivos de sobra para reconhecer o trabalho dos Bombeiros. Segundo ele, teve a sua vida e a de duas crianças salvas, graças ao trabalho rápido e eficiente de dois bombeiros. “Eu estava tomando banho na cachoeira do Lajeado, com duas crianças, quando caímos em um buraco. Acredito que não conseguiria sair sem a ajuda deles. Devemos nossas vidas a eles”, reconhece.
 
 
Crescimento de 1000%

Nestes 20 anos, quando o assunto é conquista de patrimônio, equipamentos, transporte e superação o corpo de Bombeiros está de parabéns. Por meio do Governo do Estado, convênios com a União e outras instituições, o patrimônio do Bombeiros vem atingindo índices surpreendentes a cada ano.
 
Segundo o major André, responsável pelo Dialp - Departamento de Logística e Patrimônio, a corporação teve uma evolução patrimonial de 1.036% no período pós emancipação do Bombeiros. Os bens adquiridos através de convênios, que somavam cerca de R$ 1 milhão e 500, hoje está avaliado em mais de R$ 3 milhões e 400. “Isso representa uma evolução patrimonial de ganhos derivados de convênios de 117%, da emancipação até agora”, completou.
 
De acordo com André essa evolução pode ser atribuída ao fato de que, após o desmembramento, o Bombeiros passou a ter a liberdade de buscar seus interesses. “E nós fizemos isso, corremos em busca da celebração de convênios, brigamos por mais orçamento. Isso foi fortalecendo o corpo de Bombeiros na sua estruturação”.
 
No contexto geral, somando patrimônio próprio e de convênios, o Corpo de Bombeiros obteve uma evolução de mais de 357%. Segundo cálculos do major, isso representa três vezes mais, se comparado o que havia em 2006 com o que se tem atualmente. “Com isso, melhoramos nossas instalações, a questão da manutenção e em assistência interna da Corporação”, revela.
 
O melhor de tudo é que esses ganhos também chegam à população tocantinense. “Isso reflete numa melhor prestação de serviço, com mais qualidade e rapidez”, disse André relembrando que no início a corporação era uma companhia vinculada à PM, e claro, tinha que priorizar a sua atividade fim. "Com isso, sofríamos com a necessidade de equipamentos, de recursos necessários para manter a instituição funcionando aos moldes de hoje”, finalizou.
 


 
 
 
 
 
4ª Companhia de Bombeiros Militar de Gurupi celebra
Culto em Ação de Graças pelos 20 anos de trabalho
 
 
 
(CBMTO/4ª CIM BM DE GURUPI). Aconteceu na noite de sexta-feira, 14 a finalização das festividades do 20º aniversário da 4ª Companhia de Bombeiros Militar de Gurupi. O comando da Companhia ofereceu um Culto ao Senhor, em ação de graças pelos 20 anos de existência, marcado por muitas conquistas.
Estiveram presentes diversas autoridades militares e civis. A pregação da Palavra de Deus ficou a cargo do Pastor Carvalho, Capitão da Polícia Militar, Capelão do 4º BPM. Diversos cantores evangélicos apresentaram números musicais.
 

A comunidade civil presente fez uma brilhante homenagem aos militares, enaltecendo o importante papel do Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins e cantou os parabéns ao CBMTO.
 
O Capitão Carvalho, Capelão Militar da PMTO, falou sobre as virtudes dos bombeiros militar e refletiu sobre os valores imprescindíveis exarados nas Sagradas Escrituras, mormente na Carta de Paulo aos colossenses, capitulo 3, do versículo 12 ao 15, que diz: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição. E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos. “Quando  Cristo faz morada no coração do homem, a sua escala de valores é alterada para melhor. Valores morais e éticos são alterados e percebidos por todos! O ambiente de trabalho é a nossa segunda casa. Aqui passamos grande parte do nosso tempo, pelo que faz-se necessário o cultivo desse valores ensinado no texto bíblico”. Enfatizou Carvalho.
 
Um momento muito especial foi o da oração pelo CBMTO e também em agradecimento ao Senhor pelas promoções recebidas por militares da Companhia.
 
O Capitão Nilto, comandante da Companhia parabenizou aso Bombeiros Militares promovidos, desejando-lhes sucesso no novo posto e na nova graduação.
 
Fonte: Portal SECOM-TOi

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