COMANDO DO POLICIAMENTO DA CAPITAL
Gabinete do Comandante
Belo Horizonte, 28 de dezembro de 2010.
Caro Pastor (a),
Já testemunhei como o SENHOR, após o engajamento da Igreja em oração e jejum, inverteu a polaridade da criminalidade de + 22% de crescimento do número de homicídios no primeiro trimestre, para – 22% em abril.
Tudo aconteceu a partir do acolhimento dos pastores ao pedido de ajuda (“Passa à Macedônia e ajuda-nos”. Atos 16.9), o que resultou em um período de 21 dias de jejum e oração pela cidade que terminou no dia 10 de dezembro de 2010.
Para dirigir a oração, encaminhei um mapa mostrando locais prioritários para oração1]. Foram propostos 21 lugares de oração na cidade, lugares estes com concentração histórica de homicídios e a praça do papa como um ponto de encontro adicional.
No dia 19 de dezembro, às 22:00 horas, nos encontramos na praça para encerrar o período de jejum e oração. Cerca de 40 irmãos nos encontramos para orar a DEUS pela cidade. Tivemos um momento muito rico em que praticamos a confissão de pecados e sentimos a alegria do perdão.
No dia 13 de dezembro de 2010, na Igreja Batista Getsêmani (Rua Cassiano Campolina, 360 – Dona Clara) realizamos um culto de CELEBRAÇÃO DA UNIDADE uma vez que onde há unidade, ali ordena o SENHOR a sua benção e a vida para sempre (Salmo 133.3).
Dentro da caminhada que estamos fazendo, cumpriram se os dois primeiros passos (proclamação de unidade e confissão de pecados) e nos habilitou a entrar no terceiro passo: ordenar libertação ao cativo, por em liberdade o algemado, edificar, restaurar e renovar cidades arruinadas, revogar e declarar novos decretos (Isaías 61.1-4 e Isaías 62.1-5).
No terceiro passo somos chamados a exercer nossa autoridade como escrito em Isaías 61.1-4: pregar boas novas, curar quebrantados, proclamar libertação ao cativo e por em liberdade o algemado [...] edificar e restaurar lugares, renovar cidades arruinadas.
Algumas vivências podem ilustrar a aplicação desse princípio:
a) conheci uma pessoa que se associou com ladrões para praticar roubos; após algum tempo, desejando mudar de vida, disse aos bandidos para que o esquecessem, pois voltaria a ser um cidadão de bem. O chefe do bando disse para ele: “o véi, aqui é pacto de sangue. Só sai morto”.
b) em meados de 2010, dois traficantes, passando pela Avenida Pedro II, em frente à companhia da Polícia Militar, viram um “inimigo”. Sem pensar, pararam a moto e mataram essa pessoa com vários tiros. Os policiais que estavam na companhia desceram correndo e prenderam os dois. Ao chegar ao local, perguntei admirado por que eles haviam matado a pessoa na frente da polícia. Eles me responderam: “nós temos problema”. Perguntei qual a razão, ele respondeu: “não sei, nós somos inimigos”.
c) recebi, ano passado, um telefonema em que o Juiz determinava, através de alvará, a soltura de um policial que estava preso. De imediato, determinei que se cumprisse a ordem, pois, quem tinha autoridade para soltar, havia soltado e eu não tinha autoridade para manter preso.
Há pessoas na cidade algemadas e presas em cadeias de sangue, de vingança, de gangue, de vício, na pedofilia, na violência doméstica, etc. A Igreja recebeu autoridade para expedir alvará de soltura, para ordenar libertação ao cativo e por em liberdade o algemado.
De igual forma, como reis (I PE 2.9, AP 5.10) recebemos autoridade para revogar e expedir decretos, ou seja, o que proibirmos na cidade está proibido no céu, o que permitirmos na cidade, será permitido no céu.[2]
Tenho utilizado, com frequência, dois textos da Bíblia que mostram a aplicação dessa autoridade. O primeiro é quando Raquel, ao dar a luz a seu último filho, antes de morrer, emite um “decreto” sobre ele dizendo BENONI (“filho da minha dor”). No mesmo instante Jacó muda o “decreto” chamando-o de BENJAMIM (“filho da minha força”).[3] Mudou a proclamação, mudou tudo.
O segundo exemplo é o do profeta Isaías proclamando sobre a cidade de Jerusalém: nunca mais te chamarão desamparada, nem essa terra se denominará desolada, mas será chamada Minha Delícia (Isaías 62.4).
Tendo nos unido em oração, jejum e confissão de pecados, é hora de nos unir para expedir alvará de soltura, ordenar libertação ao cativo e por em liberdade o algemado (Isaías 61.1-4). É momento de mudar a proclamação de Belo Horizonte.
Para isso, a direção é orar DURANTE TODO O MÊS DE JANEIRO da seguinte maneira:
a) No dia primeiro: Jejum e confissão de pecados (perdoa os pecados que NÓS cometemos em 2010. Nos abençoe em 2011, que a sua graça, sua misericórdia e sua paz estejam sobre nós e sobre a cidade);
b) Do dia 02 ao dia 31 de janeiro vamos orar com base em Isaías 61. 1-4 e Isaías 62 (todo o capítulo). Vamos orar (ler em voz alta) o capítulo fazendo as permutas: onde está escrito SIÃO, vamos ler BRASIL, onde está escrito Jerusalém, vamos ler (orar) Belo Horizonte:
Por amor do Brasil, me não calarei e, por amor de Belo Horizonte, não me aquietarei, até que saia a sua justiça como um resplendor, e a sua salvação, como uma tocha acesa.
As nações verão a tua justiça, e todos os reis, a tua glória; e serás chamada por um nome novo, que a boca do SENHOR designará.
Serás uma coroa de glória na mão do SENHOR, um diadema real na mão do teu Deus.
Nunca mais, Belo Horizonte, te chamarão Desamparada, nem a tua terra se denominará jamais Desolada; mas chamar-te-ão Minha-Delícia; e à tua terra, Desposada; porque o SENHOR se delicia em ti; e a tua terra se desposará.
Porque, como o jovem desposa a donzela, assim teus filhos te desposarão a ti; como o noivo se alegra da noiva, assim de ti se alegrará o teu Deus.
Sobre os teus muros, ó Belo Horizonte, pus guardas, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão; vós, os que fareis lembrado o SENHOR, não descanseis,
nem deis a ele descanso até que restabeleça Belo Horizonte e a ponha por objeto de louvor na terra.
Jurou o SENHOR pela sua mão direita e pelo seu braço poderoso: Nunca mais darei o teu cereal por sustento aos teus inimigos, nem os estrangeiros beberão o teu vinho, fruto de tuas fadigas.
Mas os que o ajuntarem o comerão e louvarão ao SENHOR; e os que o recolherem beberão nos átrios do meu santuário.
Passai, passai pelas portas; preparai o caminho ao povo; aterrai, aterrai a estrada, limpai-a das pedras; arvorai bandeira aos povos.
Eis que o SENHOR fez ouvir até às extremidades da terra estas palavras: Dizei à filha de Sião: Eis que vem o teu Salvador; vem com ele a sua recompensa, e diante dele, o seu galardão.
Chamar-vos-ão Povo Santo, Remidos-Do-SENHOR; e tu, Sião, serás chamada Procurada, Cidade-Não-Deserta.
Isaías 62.(adaptado)
Após a leitura de Isaías 62, vamos orar proclamando que Belo Horizonte nunca mais será chamada terra de bêbados, terra de violência, lugar de morte; não será conhecida como lugar de pedofilia, terra de violência doméstica, cidade de gangues. Como Igreja revogamos esse decreto para nunca mais ser reeditado e estabelecemos um novo decreto, decreto perpétuo, que não pode ser revogado; que Belo Horizonte é cidade desposada, chamada pelo SENHOR de Minha Delícia, cidade do Rei JESUS, cidade da Paz; que fique PUBLICADO e REGISTRADO, marcado com o Sangue do Cordeiro e selado com o anel de selar do Rei Jesus com o devido: CUMPRA-SE.
“Não to mandei eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, porque o SENHOR, teu Deus, é contigo por onde quer que andares”. Josué 1.9
CÍCERO NUNES MOREIRA, CEL PM