Uma transformação profunda |
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Os policiais evangélicos da equipe que estiver de serviço no dia (são quatro) pegam a chave da congregação, que fica à vista de todos, e iniciam o culto. A congregação é interdenominacional, reúne evangélicos das mais diversas denominações, entre elas os Projetos Vida Nova de Irajá e de Vilar dos Teles. Como os policiais ficam aquartelados e só são acionados quando alguma equipe da PM está encurralada ou em situação de risco, os cultos ocorrem todos os dias, no horário do almoço e de noite. “Antes de construirmos a congregação, orávamos em qualquer lugar dentro do Batalhão, até mesmo no terraço pelas madrugadas” conta Sargento Silva um dos membros da congregação do BOPE. O sargento encara a congregação como um ministério. Como trabalha na inteligência e está todos os dias no batalhão, ele costuma iniciar as reuniões no horário do almoço. Ele conta que ter começado a trabalhar na inteligência foi uma benção de Deus, ele se formou no BOPE em 1998 e em 2000 foi convidado para trabalhar internamente ao pedir para sair das ruas. A a atuação das igrejas evangélicas nos presídios é um grande auxílio para manter a paz nas instituições carceráriassA igreja do BOPE é ativa e as ações não ficam restritas ao Batalhão. Durante os cultos eles se reúnem para orar, para estudar a Bíblia, para louvar e para evangelizar. As portas ficam abertas para que os policiais que não são evangélicos possam participar. E também possuem um grupo musical, a Tropa de Louvor, que visita igrejas para dar testemunhos, pregar e cantar. A congregação já realizou um culto evangelístico em Tavares Bastos, surpreendendo a população, algumas pessoas se converteram ao Evangelho. Os policiais agem como verdadeiros soldados de Cristo e as histórias de livramentos e de conversões crescem a cada dia. O próprio sargento Silva foi um dos consolidados pelos cultos da Congregação do BOPE, quando a unidade ainda não tinha quartel próprio e ficava localizada junto com o Batalhão de Choque. Ao atravessar problemas familiares sérios, no ano de 2001, o policial passou a assistir a um culto transmitido pela televisão, como não se identificou com a doutrina da igreja, começou a participar dos cultos no batalhão. Lá, um dos colegas o aconselhou a ouvir um programa de rádio. Até hoje o sargento congrega na igreja que escutou pelo rádio. E houve um milagre em sua família, seu pai e seu irmão que estavam passando por problemas psicológicos e foram curados. Hoje o sargento, que tem diversas histórias de conversão para contar, tem muitos sonhos para a congregação e prega a Palavra a todos quanto pode. A influencia do Evangelho não fica restrita aos Batalhões, capitão Blaz contou ao site Projeto Vida Nova, que a atuação das igrejas evangélicas nos presídios é um grande auxílio para manter a paz nas instituições carcerárias. “Seria como dar um tiro no pé, abrir mão dos grupos evangélicos nos presídios” afirma o capitão. Ele apenas ressalva que a atuação da igreja só não pode ultrapassar a ação do Estado. Os cristãos da Congregação do BOPE e também os missionários e evangelistas que atuam no sistema prisional pregam uma palavra para gerar uma transformação profunda entre os policiais e entre a população. |
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